Em um contexto corporativo cada vez mais pressionado por produtividade e inovação, o bem-estar dos colaboradores deixou de ser um benefício complementar para se tornar uma estratégia essencial de gestão.
Utilizando o exemplo de um de nossos clientes, que implantou o Programa de Bem-estar com o Sistema DIBE, comprova essa tendência com dados concretos: o índice geral de bem-estar aumentou de 70% (regular) para 75% (bom), em 6 meses. Os indicadores com avaliação boa subiram de 50% para 66%, e o número de setores com avaliação boa praticamente dobrou.
Esse salto qualitativo, fruto de ações como planos de ação personalizados, gamificação e ciclos de feedback, evidencia o quanto o cuidado com a saúde mental e emocional impacta diretamente a cultura organizacional, o engajamento e a performance das equipes.
Os Adoecimentos Mentais no Brasil: Um Alerta do Ministério da Previdência
Segundo o Ministério da Previdência Social, mais de 50% dos afastamentos por transtornos mentais em 2023 foram causados por depressão, ansiedade e síndrome de burnout. Esses dados reforçam que o ambiente de trabalho é um fator determinante no desencadeamento (ou prevenção) desses quadros. A Portaria GM/MS nº 1.999/2023, que atualiza a Política Nacional de Saúde Mental, enfatiza a necessidade de ações intersetoriais e preventivas no campo da saúde do trabalhador.
Além disso, o Anuário Estatístico da Previdência Social (AEPS) aponta que os transtornos mentais estão entre as cinco maiores causas de afastamento do trabalho. Isso gera impacto direto nas contas públicas e nos custos empresariais — tanto com substituições quanto com processos judiciais relacionados a assédio, más condições de trabalho ou ausência de suporte emocional.
A NR-1 e a Obrigatoriedade do Mapeamento dos Riscos Psicossociais
A Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), atualizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, impõe desde janeiro de 2022 a obrigatoriedade da gestão dos riscos psicossociais nas empresas. Isso inclui o mapeamento de fatores como:
- Clima organizacional,
- Carga de trabalho emocional,
- Liderança tóxica,
- Falta de apoio entre pares,
- Excesso de demandas e metas inalcançáveis.
Esses elementos devem ser contemplados no Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) e no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). A não observância dessa norma pode acarretar em autuações, processos trabalhistas e responsabilização civil da empresa.
DIBE: A Tecnologia a Serviço da Prevenção Estratégica
O Sistema DIBE (Diagnóstico de Bem-Estar) surge como solução inovadora para transformar a gestão de bem-estar em uma prática orientada por dados. No caso do nosso Cliente, o DIBE possibilitou:
- A coleta de quase 2.800 questionários,
- A identificação de áreas críticas (como Contabilidade e Financeiro),
- A individualização do cuidado com colaboradores em risco,
- O desenvolvimento de planos de ação específicos para os setores e de PDIs para os líderes.
Esses dados permitiram uma atuação preventiva e assertiva, reduzindo potenciais afastamentos e criando um ambiente psicologicamente seguro — um dos pilares da alta performance, como mostram estudos da pesquisadora Amy Edmondson e o Projeto Aristóteles da Google.
Economia com Afastamentos e Redução de Passivos Trabalhistas
Investir em bem-estar e saúde mental não é apenas uma escolha ética — é uma decisão estratégica. Com indicadores positivos, a empresa reduz:
- Gastos com substituições de pessoal,
- Consultas e tratamentos recorrentes no plano de saúde,
- Afastamentos por doenças ocupacionais (principalmente psicológicas),
- E ações trabalhistas relacionadas a assédio, burnout ou omissão da empresa em garantir um ambiente saudável.
A gestão baseada em dados, como proporcionada pelo DIBE, ancora as decisões em evidências e permite medir o retorno sobre o investimento em saúde mental de forma clara e defensável.
Conclusão
O caso do nosso Cliente é prova concreta de que bem-estar se traduz em desempenho. Mas mais que isso, é um compromisso com a sustentabilidade emocional do negócio e das pessoas que o constroem todos os dias.
Com o amparo da NR-1, os alertas do Ministério da Previdência e as ferramentas certas — como o DIBE —, as empresas podem deixar de apenas reagir às crises de saúde mental e começar a prevenir, cuidar e prosperar com responsabilidade.